terça-feira, 26 de novembro de 2013

sábado, 23 de novembro de 2013

Participe da rifa!

Estamos realizando mais uma ação em prol da manutenção da Escola Dom Edilberto - uma RIFA, que correrá no dia 30/11/2013, pelas centenas do 1º ao 5º prêmio da Loteria Federal.
Contamos com sua colaboração na aquisição de bilhetes! Valor: R$ 10,00 (dez reais) cada.

1º Prêmio: 1 jogo de panela anti aderente (06 peças) marca Brinox + 1 ventilador de 30 cm marca Master.
2º Prêmio: 1 liquidificador Mondial Premium com filtro 550watts + 1 faqueiro 24 peças aço inoxidável (verde).
3º Prêmio: 1 grill/sanduicheira NKS preta. + 1 par de brincos e gargantilha marca Carolina Costa.
4º Prêmio: 1 grill/sanduicheira AMVOX preta + 1 nécessaire para viagem com multi compartimentos + 1 nécessaire básica preta.
5º Prêmio: 1 colcha de casal de retalhos artesanal

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Educação musical

Em 22 de setembro, durante a realização da nossa tradicional feijoada anual, tivemos o prazer de assistir à primeira apresentação da bandinha da Escola D. Edilberto, fruto da implantação do projeto de extensão das atividades escolares. Ficamos surpresos com o desempenho dos nossos alunos, que contam com apenas quatro meses de aprendizado, com a orientação do professor Francisco de Assis e do seu auxiliar Robson.

Nesse dia apresentaram-se nada menos que 20 crianças, tocando flautas, percussão (xequerê, pandeiros, meia lua), acompanhados pelo tecladista Robson e pelo maestro Franscisco ao violão. Dava gosto ver o entusiasmo daquelas crianças e a responsabilidade com que encaravam a apresentação. Não notamos qualquer falha na execução das partituras nem na sincronização dos instrumentos. Foram executadas músicas do popular ao erudito, entre elas: Asa Branca (de Luís Gonzaga), Anunciação (de Alceu Valença), Aquarela (Toquinho) e o clássico “Hino à Alegria” da 9ª. sinfonia de Bethoven. Ao final, vários pais se emocionaram e deram depoimentos valorizando a iniciativa da Escola. Diversos alunos chegaram a chorar de emoção.

Claro que, sendo crianças, muito há ainda a progredir no caminho da musicalidade, mas a impressão causada foi a melhor possível.  As crianças que puderam já adquiriram instrumentos para estudar em casa e algumas têm levado instrumentos da escola por empréstimo, com a mesma finalidade. Agora já é comum, ao se passar pelas ruas na comunidade de Nova Divinéia, ouvir-se o som de flautas. Tivemos informação de que alguns alunos estão, por conta própria, estudando partituras e cifras obtidas pela Internet.

Em conversa com o professor Francisco, músico profissional especializado em ensino para crianças, o mesmo nos falou sobre os efeitos da educação musical na formação humana: acalmar os alunos, aprendizado da importância da disciplina, melhoria da cognição, melhoria no senso de lateralidade e espacialidade e o aumento da sensibilidade.

Como próximos  passos pretende-se ampliar o número de alunos envolvidos nessas atividades, ampliar o repertório e, em 2014, criar o Coral da escola. É possível, o que ainda não foi confirmado, que as crianças façam outra apresentação, ainda em 2013.

Damos aqui os nossos parabéns ao Prof. Francisco e a Robson pelo excelente trabalho.



Renato Almeida

Feijoada e comoção


Mais de 100 pessoas participaram da tradicional Feijoada da Escola D. Edilberto, no dia 22 de setembro, entre eles, os representantes da Escola de Pais, Jane e Reinaldo.
O evento anual tem o objetivo de arrecadar fundos para a manutenção da instituição. Pela primeira vez a festa saiu dos muros da escola e foi realizada no salão da Paróquia de São Paulo, no IAPI. O espaço cedido pelo pároco, Pe. Valson Fernandes, recebeu a visita do sacerdote que incentivou a participação dos paroquianos na festa.
Além da mudança de local, outra novidade surpreendeu e emocionou vários dos presentes na quinta edição do evento. Pela primeira vez, a banda de música formada pelos alunos da Escola D. Edilberto se apresentou para o público. No total, 20 crianças tocaram instrumentos como flautas, pandeiros e meias-luas, num repertório de seis canções.
A apresentação comoveu o público presente e surpreendeu colaboradores mais antigos da escola, como Edson Inácio. Ele que conhece a instituição desde a sua fundação, há 18 anos, ficou entusiasmado com a novidade. “É uma descoberta de talentos. Tenho certeza que esse resultado vai ser multiplicado e servirá de incentivo para dar continuidade a mais atividades extracurriculares”, comemorou.
A fundadora da Associação D. Edilberto Dinkelborg e da escola de mesmo nome, Lúcia Cerqueira, também ficou comovida e acompanhou atentamente a apresentação. Após as canções, pais deram depoimentos emocionados sobre a escola. “Quero agradecer a todos que colaboram para essa escola tão importante para a nossa comunidade”, falou Adriana, mãe da aluna Laura Beatriz.
Para aqueles que têm a intenção de colaborar e não puderam participar da Feijoada, até o fim do ano será realizada uma rifa de produtos variados. Para mais informações, entre em contato com a secretaria da escola.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Participe da Feijoada e ajude a Escola D. Edilberto!


Educação à Francesa

Viajar sempre nos dá a oportunidade de refletirmos sobre nós mesmos, nosso país e nossa cultura. Há um mês voltei de uma viagem de três meses pela Europa. A maior parte desse tempo fiquei em Paris, onde me dediquei a estudar francês.
 
Muitas foram as comparações e reflexões sobre os mais diferentes temas que me aconteceram nesse período. Mas, para além do encantamento com o funcionamento dos serviços públicos de transporte, foi possível perceber a força da política de bem-estar social tão presente nas sociais-democracias, como a França, que apesar de todas as ameaças sofridas nos últimos anos, segue vacilante tentando se desvencilhar das constantes propostas reformistas.
 
Esse estado de bem-estar social é o que permite que crianças tenham acesso a creches gratuitas e de qualidade, próximas de suas casas, além da oportunidade de estudar até o ensino médio contando com um bom sistema público-educacional. A universidade francesa também é pública e quase gratuita, já que o valor pago anualmente é irrisório.
 
Heranças da revolução francesa, os ideais de igualdade e fraternidade influenciaram no pioneirismo da terra de Balzac na educação. A França foi um dos primeiros países a ter um sistema público educacional. Primeiro com a lei de Guizot, em 1833, que foi base da organização escolar francesa e depois em 28 de março de 1882, com a lei escolar de Jules Ferry, que estabelece de fato a obrigatoriedade escolar e a laicidade no ensino público primário.
 
Todas essas conquistas vigiadas de perto pelo povo francês, que vai às ruas quando se aventa qualquer possibilidade de mudança no sistema, não asseguram, no entanto, que a educação francesa não tenha os seus problemas. O filme francês do ano de 2008, “Entre os muros da Escola” retrata o que é a escola para os imigrantes e mais que isso, retrata o conflito latente presente na sociedade francesa de hoje. A lei de 2011 que proíbe a utilização de burcas nas escolas e outros espaços públicos da França é uma prova disso. A nação que criou e pregou os ideais de liberdade, fraternidade e igualdade, atualmente tem dificuldades em lidar com os seus imigrantes e as escolas francesas parecem sofrer o reflexo disso.
 
Mesmo com esses problemas, a educação francesa está bem acima da brasileira no ranking divulgado pela UNESCO em 2011. Nele, a França aparece em quinto lugar e o Brasil em 88º. A percepção de alguns imigrantes brasileiros que conheci por lá e que têm filhos que frequentam escolas e creches ratificam isso. A nós, resta-nos torcer para que um dia a educação pública brasileira chegue próximo da educação na França, mas sem o peso dos seus preconceitos.


Ingrid Campos

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

"Presente divino" - Depoimento


Para começar gostaria de dizer que a Escola Dom Edilberto é um presente Divino para a Comunidade Nova Divinéia, do qual tive a sorte de participar.

Hoje, depois de mais de uma década, retorno à Escola como estagiária do curso de Pedagogia, não seria fiel de tudo se não falasse do meu sentimento no dia que voltei, quando vi as crianças rezando e cantando o Hino, foi uma viagem emocionante ao meu passado, não consegui conter as lágrimas. Os percalços do trabalho existem como em qualquer outra instituição, o grande diferencial da Escola Dom Edilberto é o amor e a entrega de seus funcionários para os alunos.

Sei o tamanho da minha responsabilidade, afinal, sou fruto da Escola e agora um exemplo a ser seguido. Nesse sentido, estou dando o meu melhor para contribuir com o crescimento social da minha comunidade.

Jaqueline Silva

Um “CHATO” Aparece!


Shoppings lotados! “Carango” por aí a torto e direita! Festas e mais festas! Farta propaganda nas televisões! Ôba, Copa do Mundo aqui!

Olimpíadas também! Neymar e Ronaldo toda hora na televisão! Cafu, Vampeta e outros! Quanta coisa se vende! É o clima! Quanta felicidade! Vida que segue!

Êpa! Não é bem assim! Tanta confusão recente nas ruas reflete alguma coisa! Alguma angústia se manifesta! Algo está ocorrendo. É impossível seguir tanto disfarce.

Chega aqui um “argentino chato” e diz tanta coisa que faz sentido. Coisas que não estamos habituados a ouvir. Critica a mentalidade de “príncipes” entre os cardeais e a distância imposta pelos bispos aos fiéis, dentre outras coisas.

Foi aqui no Brasil, ao despedir-se, em duro e longo discurso no encontro com o Comitê de Coordenação do Conselho Episcopal Latino Americano-Celam.

Também assim é a postura quase generalizada de nossos políticos. De outro lado, diz a repórter da Globo, que lhe emocionou a quantidade de jovens de braços e mãos dadas em Copacabana, em preparo para a Missa do Envio. Como há mais tempo a gente via!

Quem aqui escreve não é jovem. Pelo menos na idade! Mas, sente o coração rejuvenescido. Este é o ponto. “Estar distante” ou “de braços e mãos dados”. Você, de que lado está?

Getúlio Lins

A JUVENTUDE E O PAPA


Mais uma vez, num curto espaço de tempo, a juventude deu uma demonstração da sua inclinação para o bem. Desta vez, a mensagem é para o Brasil e também para todo o mundo.

Nesses dias que passaram, realizou-se no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude, com a presença maciça de jovens peregrinos de todo o mundo, chegando a 3 milhões em um dos eventos e contando com a presença do papa Francisco, que prestigiou e participou intensamente da Jornada. Esse número foi o segundo maior da história, sendo superado apenas pela jornada nas Filipinas, há 18 anos, que reuniu cerca de 4 milhões de jovens. Os jovens deram um verdadeiro testemunho de fé.

Independente do aspecto religioso, a Jornada mostra a nós todos que ainda existem o idealismo, a vontade de transformar o mundo para melhor e a aspiração por valores humanitários, que transcendem os interesses imediatistas.

Tivemos também a oportunidade de conhecer e ouvir a mensagem do novo papa, o primeiro latino-americano nesse importante cargo, o qual, trilhando os caminhos de São Francisco de Assis, adotou a humildade e a simplicidade como princípios de vida e de atuação. Foram muitas as demonstrações do papa de que o mesmo queria estar próximo ao povo, apertando as mãos, abraçando e beijando as crianças, não se preocupando com os aspectos de segurança como muitos chefes de estado. Por sua vez, o povo brasileiro o acolheu com muito carinho e entusiasmo.

Graças a Deus tudo correu em paz. É importante ressaltar que o papa, diante de representantes da política brasileira, como a presidente Dilma Rousseff, expressou apoio às manifestações das últimas semanas: "Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo". Ou seja, não recomendou uma Igreja omissa perante os acontecimentos, nem indiferente às aspira
ções sociais. Falou também da ligação de Jesus com "as vítimas da violência", com "as pessoas que passam fome", com "todos aqueles que são perseguidos por causa de sua religião, suas ideias ou simplesmente por causa de sua cor de pele".

Por último, devemos lembrar o próprio tema da Jornada, tirado do evangelho de Mateus: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, que sintetiza bem o que se espera dos jovens.

Renato Falcão

Curso para professores da Escola Dom Edilberto


Iniciamos no dia 03 de julho de 2013, no Centro de Informática da Escola Dom Edilberto, a capacitação da nossa equipe, para iniciar o funcionamento do nosso Centro de Informática. 

Na primeira parte da capacitação contaremos com a disposição do nosso colaborador Davimário Bitencourt deverá dar o curso interno para professoras e funcionários (1ª Parte), constando da parte básica (apenas o essencial) referente a Microinformática, Internet, Word, Power Point e Excel. Para tanto, combinou-se que o curso será dado nos dias 03, 04, 05 e 16 de julho.

Já na segunda parte, contaremos com Jaqueline Silva (ex-aluna da nossa escola, atual estudante de pedagogia e nossa contratada com estagiária). O trabalho de Jaqueline será muito importante para o funcionamento do nosso Centro de Informática, bem como a utilização da informática com ferramenta educacional.

Ela deverá:
- Desenvolver pesquisas de softwares educacionais e apresentar uma primeira proposta para a equipe. Essa proposta deverá ser levada em conta os conteúdos das disciplinas da Escola e a adequação dos softwares que serão utilizados em sala de aulas pelas professoras.
- Preparar e ministrar treinamento às professoras, sobre como utilizar os softwares no ensino.
- Ministrar curso aos alunos da escola a serem definidos, sobre a microinformática, conforme planejamento a ser realizado.

No segundo semestre será também planejado o primeiro curso externo para ex-alunos. Dar oportunidade de um ensino de qualidade aos carentes é uma das metas da Dom Edilberto e para que tudo isso possa acontecer precisamos contar com a sua ajuda, caro amigo colaborador.

O Grito das Ruas


Nas últimas semanas assistimos, entre perplexos e maravilhados, a notícias frequentes sobre as passeatas de protesto que ocorreram em todo o país. De norte a sul, em muitos recantos deste país, em grandes e médias cidades, as manifestações se repetiram, na imensa maioria de forma pacífica, embora diversos vândalos e criminosos tenham se aproveitado para a prática de depredações e furtos. A polícia, como sempre, inicialmente comportou-se de forma mais truculenta, mas depois, orientada pelos governantes passou a ter um papel mais moderado.

O motivo inicial, poder-se-ia dizer, o estopim da revolta foi o aumento em São Paulo do preço das passagens de ônibus e metrô em “apenas” vinte centavos. Mas logo ficou evidente que diversos outros temas e queixas estavam motivando os manifestantes. A impressão que dava é de que havia um grito represado na garganta de muitas pessoas, que foram às ruas para expressar seu protesto, seu desagrado e sua revolta contra muitas coisas que têm acontecido neste nosso país, e que vão desde o mau uso e desvio do dinheiro público até a situação precária em que se encontram a saúde e educação públicas, passando também pela impunidade das autoridades e políticos, mesmo aqueles reconhecidamente criminosos e até condenados pela justiça. Parece que, de repente, o povo acordou para o “faz de conta” que tem sido muitas das “realizações” anunciadas através da mídia; acordou também para as tentativas de manutenção e até ampliação da impunidade de políticos e autoridades que praticam os “malfeitos”.

Na sua grande maioria, os participantes eram jovens, que se articularam sem apoio de nenhum partido político, através das redes sociais da internet. Vários partidos, aliás, tentaram se “identificar” com o movimento, mas foram rechaçados pelos manifestantes. Além dos jovens, muitas pessoas na idade madura foram se aliando ao movimento. Pessoalmente, conheço um senhor de sessenta e dois anos que, tendo tido seu carro parado em uma dessas passeatas, ele e o filho, estacionaram o carro e aderiram à mesma.

Outro fato interessante na ocorrência desse fenômeno, foi que o mesmo se deu numa fase aparentemente festiva, em que estava se realizando a tão esperada Copa das Confederações, na qual o Brasil acabou se sagrando campeão. A juventude, mostrando um grau de maturidade e de discernimento político inesperado neste Brasil, saiu às ruas, por diversas vezes, e uma das suas queixas era exatamente o desperdício e os desvios ocorridos na construção dos belos e suntuosos estádios, feitos para a competição.

Muitos consideravam a nossa juventude alienada, preocupada apenas com os assuntos imediatos e pensando apenas em curtir a vida. Mas os fatos mostraram o engano dessa suposição. Os jovens revelaram, mais uma vez, que são uma importante força propulsora das mudanças, e como tal devem ser elogiados e incentivados. Nós, os mais velhos, devemos segui-los e orientá-los, mas nunca impedi-los de se manifestarem e de opinarem sobre o futuro deste país, além de expressarem sua legítima revolta.

O que vai acontecer a partir de agora, é ainda uma interrogação. Muitas autoridades e políticos apressaram-se em, ao menos, parecer estar ouvindo a voz do povo. Diversos estados baixaram o preço das passagens, o governo federal anunciou cinco novos “pactos” para atender os anseios, a câmara rejeitou a emenda “PEC-36”, justamente denominada de “emenda da impunidade”, a qual pretendia proibir ao Ministério Público a investigação de crimes, e o próprio Supremo Tribunal mandou prender um deputado federal, condenado havia dois anos e ainda solto. No entanto, ainda fica a sensação de que o objetivo real é amenizar a situação e não propriamente resolver os enormes problemas que existem. As autoridades falam agora em Reforma Política e em Plebiscito, talvez esquecendo de que a revolta focou muito mais a falta de ética na política e não as reais deficiências do “sistema político”. Ainda é cedo para avaliar o quanto de mudanças e transformações ocorrerão.

Mas, que temos nós da Escola D. Edilberto a ver com tudo isso? Na verdade, temos muito a ver: é preciso observar que a juventude que promoveu essas manifestações era, com certeza, uma juventude mais esclarecida. Foram jovens que, acompanhando o noticiário da imprensa, conseguiram se articular com uso da tecnologia, trocando opiniões e obtendo adesões para as propostas de mudanças. É exatamente o que nós, como educadores, desejamos: transmitir à nova geração os valores éticos, o aprendizado da 
linguagem e o de novas ferramentas tecnológicas, o que lhe permitirá, futuramente, ser uma juventude consciente e atuante, de forma a conseguir gradualmente transformar este país que, como já foi dito, é maravilhoso mas ainda perverso.


Renato Falcão

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Círculos de Debate

Pelo quarto ano consecutivo, foi realizado no período de 09 de abril a 21 de maio de 2013, na Escola Dom Edilberto, os Círculos de Debates promovidos pela Escola de Pais do Brasil, seccional de Salvador.
 
A cada ano um casal coordenador, desenvolve as atividades dos círculos, objetivando principalmente o fortalecimento dos laços familiares.

Esse ano recebemos de presente, mais uma vez, o casal de amigos Rosilda e Marcos Medeiros, que brilhantemente, conduziram os círculos com alegria, entusiasmo e bastante competência.

OS REAIS VALORES

Durante alguns anos trabalhei na região do setor bancário, no centro velho de São Paulo, perto do Mosteiro de São Bento, onde o Papa Bento XVI se hospedou durante sua visita ao Brasil em 2007. 

Com frequência eu via grupos de escolares em visita à Bolsa de Valores. Aquilo me entristecia. Os jovens já são bombardeados todos os dias pela propaganda do valor do dinheiro. A cada “excursão” daquela, eu pensava (e ainda penso), crianças e adolescentes deveriam ir três vezes a museus e bibliotecas. 

É necessário desenvolver neles o gosto também pela arte e pela literatura, mundo bem mais fascinante, saudável e fraterno do que o dos negócios (tão elitista e excludente).

Desde cedo aprendi com meus pais que os reais valores da vida não são os bens materiais, mas os espirituais. Nenhum de meus nove irmãos fez fortuna, todos estudaram o que quiseram e trabalham com o que gostam. E são felizes assim.
 
Num dos meus livros infantojuvenis, Que dia será o dia?, transcrevo um diálogo que a minha irmã caçula, Bitiá, teve na infância com a nossa mãe, Maria José (desde 2005 na Casa do Senhor). O diálogo é este:

“– Filha, o bom, o importante, não é ter muita coisa ou bastante dinheiro, mas ser feliz. E existem outros tipos de riqueza: paz, alegria, saúde, inteligência, amor...
 
A menina, toda alegre, não deixou a mãe continuar:
 
– Então, eu também sou rica, mamãe!
 
– Rica de quê, filha?
 
– Rica de você.”
 
Tenho acompanhado o bonito trabalho dos abnegados professores e colaboradores da Escola D. Edilberto Dinkelborg. Fico feliz ao perceber que eles procuram desenvolver nos alunos os reais valores humanos. Sabem que a maior riqueza dessa vida é a paz de espírito. E que todo ser humano é especial e possui uma riqueza interior infinita.
 
Espero um dia visitar a escola para conversar com alunos e professores. E abraçá-los.

Por Hugo Almeida*

*Hugo Almeida, escritor e jornalista, é sobrinho da professora Lúcia Almeida de Cerqueira, fundadora da Escola Dom Edilberto. Autor de onze livros publicados, ele é doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP). Vive em São Paulo desde 1984.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Curso de Confeitaria para Mulheres

Aconteceu no dia 08 de maio o encerramento do Curso de Confeitaria para Mulheres, promovido pela Escola Dom Edilberto em parceria com “Sou Digna”, uma entidade não governamental que tem como meta promover a formação das mulheres através de diversos cursos.

Ao final de dois meses, as vinte mulheres matriculadas aprenderão diversas técnicas de confeitaria, além das aulas de cidadania. A realização do curso de confeitaria em nossa escola, é a oportunidade que as mães dos nossos alunos tem de aprenderem uma profissão, e assim melhorar a renda familiar.

Aulas de Música na D. Edilberto

Já estamos oferecendo, todas as segundas-feiras, para as nossas crianças aulas de músicas, ministradas pelo Prof. Francisco de Assis, que tem uma larga experiência em trabalhos com crianças carentes. As aulas de música tem um papel fundamental na formação das nossas crianças, pois além de ampliar o universo musical das crianças, visa promover e incentivar o talento artístico, bem como a formação de um coral com canto e instrumentos.

HOMENAGEM A NOSSAS BENFEITORAS

No dia 23 de abril, tivemos na Escola D. Edilberto uma alegria dupla. Foram inauguradas a sala de Música Profª. Lúcia de Almeida Souza Cerqueira e a sala de Informática Irene Dierksmeier. Ambas as salas estão totalmente equipadas para propiciar um ensino de qualidade às crianças.

Outro motivo de grande alegria foi a presença da nossa fundadora, que descerrou as fitas das placas comemorativas. Depois houve participação das crianças da escola, que queriam rever a nossa fundadora e finalmente, uma oração conjunta dos componentes do Conselho, Professoras e alunos.





AS MUDANÇAS JÁ COMEÇARAM

É com satisfação que informamos a todos que finalmente foi iniciada a implantação do projeto de extensão das atividades escolares da Escola D. Edilberto, o qual está sendo realizado com recursos da Kindermissionwerk, entidade alemã que muito nos tem ajudado.

Já está funcionando o Reforço Escolar, desde 04/03, inicialmente para apenas 2 turmas, que permanecem pela tarde para estudo supervisionado por uma professora.

No dia 01 de abril será iniciado o ensino musical a todas as turmas. Os instrumentos já foram adquiridos e foi contratado um músico profissional, especializado em ensino musical para crianças, o qual elaborou um projeto didático-pedagógico, aprovado pelo Conselho da nossa associação, e que prevê um programa de três anos. A expectativa é grande e as crianças estão muito interessadas, como não poderia deixar de ser.

A sala de informática, outra parte do projeto, já foi mobiliada com móveis projetados, para as crianças aprenderem os segredos dos computadores, e a aquisição dos equipamentos está em andamento.

Dentro de algumas semanas iniciar-se-á o aprendizado. Para tanto, duas professoras, inclusive a Diretora da escola, estão fazendo um curso no CDI - Comitê para Democratização da Informática, o qual tem larga experiência, inclusive em outros estados, no que se refere a disseminar a Tecnologia da Informação em áreas consideradas carentes. O CDI transmite uma metodologia que leva em conta os aspectos didáticos e sociais, e deverá nos apoiar para atingir as finalidades do nosso projeto.

Enfim, esperamos atingir os objetivos do Projeto que são:

- Melhorar a qualidade do ensino;

- Qualificar desde cedo as crianças para utilização das modernas tecnologias;

- Trabalhar a sensibilidade artística das crianças, através da música;

- Aumentar a permanência das crianças na escola, reduzindo os riscos de uma exposição a influências perniciosas.

Dentro de alguns meses deveremos fazer uma avaliação detalhada dos resultados alcançados.

Queremos aqui agradecer a todos que nos têm ajudado no cumprimento da nossa missão de educadores, e pedir a nossos associados e benfeitores que continuem e ampliem, se possível, o seu precioso apoio, ainda mais agora quando nossas responsabilidades estão sendo aumentadas.

terça-feira, 26 de março de 2013

Páscoa e Mudança



Aproxima-se a páscoa, que é considerada o maior evento da cristandade. Enquanto no Natal celebramos o nascimento do Cristo feito homem e passando a habitar entre nós, na páscoa celebramos o verdadeiro sentido da vinda de Cristo, ou seja, o sacrifício e a morte de Jesus pela nossa redenção, e, mais que tudo, a sua ressurreição, suscitando em nós a esperança de que também ressuscitaremos no final dos tempos.

A páscoa, além de prenunciar a libertação, como acontecia na páscoa dos judeus, que comemoravam o fim da escravidão no Egito, é também um prenúncio de mudança. Na páscoa celebra-se a mudança para uma nova era. Foi o próprio Jesus quem disse: “Eis que faço novas todas as coisas.” (Apocalipse 21:5).

Coincidentemente, neste ano de 2013, estamos prestes a observar uma grande mudança na Igreja, que acontecerá devido à renúncia do papa Bento XVI, fato que não acontecia há seiscentos anos. Além de o motivo apresentado ter sido a sua saúde frágil, o que é um fato, muitos especulam sobre fatos desabonadores que estariam acontecendo na própria cúpula da Igreja, e que teriam apressado aquela decisão. Nós sabemos que onde há seres humanos existe toda uma série de problemas, que vão desde a luta pelo poder até a corrupção, e a Igreja, como entidade humana, não está isenta disso. A própria Igreja se reconhece “santa e pecadora”.

Mas o que torna a Igreja indestrutível não são os seres humanos que a compõem, por mais santos que sejam, e sim a força do Espírito Santo. Jesus também disse que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18).

Aqui em nossa escola estamos prestes a vivenciar uma grande mudança e renovação, com a implantação, já anunciada, de um novo projeto pedagógico que incluirá 3 objetivos: Reforço escolar, ensino utilizando os recursos da informática e ensino musical. Com isso, a permanência dos alunos na escola será ampliada. 

Acreditamos que a sua implantação, já em andamento, estabelecerá uma mudança qualitativa na atuação da escola, tanto no que se refere à qualidade do ensino, como com relação à integração com as comunidades de Nova Divinéia e IAPI. Até o fim deste ano letivo, esperamos ter oportunidade de avaliar os primeiros resultados efetivos dessa mudança.

Desejamos uma Feliz Páscoa para todos!

Texto de Renato Falcão