quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Educação Integral

Antes que seja tarde demais...

...cuidemos das nossas crianças, vítimas inocentes das desigualdades deste país maravilhoso, mas também perverso.

...evitemos que nossas crianças sejam presas das diversas formas de marginalidade que trazem a morte para suas almas.

...livremos esses meninos e meninas da violência, muitas vezes presente nas comunidades carentes.

...possibilitemos a elas as condições para que, no futuro, tenham uma vida digna e honesta.

A educação é o processo de transformação de todos os cidadãos; o desenvolvimento do indivíduo deve ser integral: corpo, mente, espírito, saúde, emoções, pensamentos, conhecimento, expressão, etc. Tudo em benefício da própria pessoa, e a serviço de seu protagonismo e autonomia. Mas também buscando a sua integração harmônica e construtiva com toda a sociedade.

É comprometer-se com a disseminação de novos paradigmas. É oportunizar ao indivíduo a sua inclusão a uma educação de qualidade, para que ele possa ser agente transformador da sua realidade, contribuindo para a construção de uma sociedade justa, digna e igualitária.

A educação de tempo integral proporciona às crianças carentes a oportunidade de se desenvolverem de maneira segura, já que as mesmas, em suas casas, encontram sérias dificuldades, tanto para o estudo necessário e para feitura das ‘‘atividades de casa’’ devido à falta de adultos habilitados que as orientem e pela falta de espaço nas suas residências, como também para atividades de lazer, que se desenvolvem, na maioria das vezes, nas ruas insalubres da comunidade, onde estão sujeitas à marginalidade e a todas as formas de violência. Acresce-se a isto o fato de que, às vezes, ambos os pais muitas vezes trabalham durante todo o dia.

A Escola Dom Edilberto nasceu de um sonho da sua fundadora, Lúcia Almeida Souza de Cerqueira, professora aposentada que, aos 72 anos, observava os bandos de crianças que, vindas da comunidade de Nova Divinéia, vagavam pelas ruas do bairro do IAPI, pedindo comida.

Então, juntamente com outros moradores e com a venda de uma propriedade, foi fundada, em 12 de outubro de 1995, a Escola Dom Edilberto, cujo nome é uma homenagem ao bispo Dom Edilberto Dinkelborg, que antes de assumir a Diocese de Oeiras no Piauí, ajudou Irmã Dulce a criar o círculo operário, na região da Cidade Baixa, auxiliando-a também no início das suas obras sociais.

Desde sua fundação, há mais de 18 anos, a Escola Dom Edilberto tem por missão acolher e proporcionar às crianças carentes as condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento, através de uma educação de qualidade, onde a criança possa ser agente transformador da sua comunidade. A Educação integral está desde o princípio nos planos da escola, pois sua fundadora almejava proporcionar às crianças várias atividades que, ao lado de educá-las para a vida, preenchessem o seu tempo vago e melhorassem seu perfil de aprendizagem.

Outro aspecto importante a considerar na educação integral é quanto à futura empregabilidade, ou seja, preparar a criança carente desde cedo para buscar o seu espaço no mercado profissional, pelo aprendizado de habilidades extra-curriculares. Assim é que a Escola D. Edilberto tem desenvolvido atividades nas áreas de música e informática, além de aulas de ética e cidadania e, muito importante, propiciando o reforço escolar, que possibilita às crianças o estudo das lições dadas na sala de aula, com explicações por pessoas habilitadas. Como já disse uma especialista em educação integral, não se deve confundir a mesma com a educação em tempo integral, ou seja, é algo mais.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Crise financeira da Escola Dom Edilberto é tema de reportagens na imprensa baiana

A Escola Dom Edilberto Dinkelborg foi tema de duas matérias em jornais baianos. A primeira matéria foi publicada no jornal A Tarde, em 30 de dezembro de 2013. A segunda matéria saiu no Jornal Massa! na data de 2 de janeiro de 2014. A crise financeira vivida pela escola, além da importância da instituição para a comunidade de Nova Divinéia, no bairro do IAPI, foram assuntos abordados pelas publicações. Confiram logo abaixo as matérias:  

A Tarde - Escola Comunitária luta para sobreviver
Massa! - Sem grana, escola passa perrengue

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MAIS UM ANO LETIVO

Estamos terminando mais um ano em nossa jornada educacional. Durante este ano, a Escola D. Edilberto, a duras penas, cumpriu mais uma vez a sua missão educadora.

Mais de 90% das crianças foram aprovadas, sem necessidade de recuperação, índice maior que o do ano passado. A escola buscou inovar, criar novos meios para educar as crianças carentes que estão sob sua responsabilidade. Neste ano, começamos diversas iniciativas constantes do nosso projeto de extensão das atividades escolares:

- Reforço Escolar: diversas crianças passaram a ter, durante a tarde, o estudo dirigido, supervisionado por uma professora. Isto deu excelentes resultados. De 26 crianças envolvidas nesse reforço, apenas uma precisou fazer recuperação.

- Ensino Musical: foi iniciado no segundo semestre, tendo-se inclusive criado a primeira bandinha da escola, onde participam 24 crianças. Essa bandinha já se apresentou durante a tradicional feijoada beneficente anual, com bastante sucesso.

- Ensino da Informática: foi criado um laboratório todo equipado, onde uma instrutora (Jaqueline), ensina às crianças a iniciação ao universo digital. As professoras também têm sido envolvidas e incentivadas a utilizarem os recursos tecnológicos para o ensino.

Estamos terminando o ano letivo com a sensação do dever cumprido, mas, ao mesmo tempo, com preocupações devido à nossa difícil situação financeira. Como todos sabem, nessa época de final de ano, devemos pagar o 13º salário aos nossos dedicados professores e funcionários. Por isso, estamos mandando, excepcionalmente, dois boletos de contribuição para nossos associados, pedindo aos mesmos uma doação adicional para fazermos frente a essas despesas.

Queremos desejar a todos os nossos colaboradores e benfeitores um Feliz Natal e um novo ano repleto de realizações.

Por Renato Falcão